ASSASSINADOS NA IGREJA - UM DESABAFO, OU SERIA UM GRITO DE DESESPERO?

      Em 2009 entrei no seminário teológico, mas antes disso, já estudava por conta própria. Hoje, é claro, depois de muitas crises, decepções, reformas e leituras, mudei minha forma de pensar no que diz respeito a vida, religião, cristianismo, igreja, teologia, Deus, pessoas...

   
     Muitos companheiros foram literalmente expulsos de suas igrejas, colocados em "bancos", vistos sob uma ótica preconceituosa de quem estuda teologia.
 
    Demorou, mas chegou a minha vez. Meu discurso mudou. Já não sou mais o mesmo. Uns aceitam, outros criticam, e ainda usam textos totalmente fora de seu contexto para denunciar a Teologia como: " A letra mata", mal sabem que Paulo se refere a Lei e não a quem estuda. Paulo em diversas vezes exorta em suas cartas para que a igreja cresce no conhecimento, busque o mesmo, se aplique e se municiem na "Palavra".

    Vejo na minha própria igreja, quando se fala em Estudo Bíblico não existe aceitação, não há um adulto na hora do ensino, mas quando se fala de oração eles comparecem, e quero deixar bem claro que não estou depreciando a oração, apenas digo que os dois tem suma importância e caminham juntos.
    Hoje ouço que sou Herege, fazem piadas dos artigos que publico em meu blog, me chamam de arrogante, de deturpador de mentes, que sou um "gelado espiritual", que não creio em milagres, bom, esses são os adjetivos que eu sei.

    Uns viram as costas quando eu prego, outras falam na minha ausencia, criticam meu ponto de vista, quando me sento no púlpito vejo o restante das cadeiras vazias ao meu redor, uns aproveitam os ensaios para fazerem piadas. Disse para um amigo que se me perguntassem o por que afirmo algumas coisas, diria com todo prazer, mas os "irmãos" preferem simplesmente discordar com o que é expressado, isso porque não digo tudo o que acredito.

    Indiretas no púlpito, e tudo mais o que foi dito aqui, essas e outras tem me afetado de uma forma que não imaginam, e agora tem afetado a outros também, pessoas que são compromissadas com o ministério estão feridas, desanimadas por não serem compreendidas. Uma boa parte dos que criticam são os que tem a Bíblia como acessório do domingo, outros que preferem reproduzir o que sempre aprenderam e não querem abrir mão de suas bagagens fundamentalistas, não querem repensar a fé, reformar, repintar, reavaliar conceitos. Minha opção foi contrária, foi de analizar e não apenas reproduzir o que o Silas Malafaia disse. Foi de usar a pessoas de Cristo como chave hermenêutica de interpretação bíblica. Foi de aceitar a graça de Deus, aceitar que sou pecador e não fiz nada, absolutamente nada para que Deus me amasse e que não há nda que eu possa fazer ou deixar de fazer, para que Ele deixe de me amar. Ele me amou primeiro.

   Eu disse: "Não vou mais na igreja"... "Perdi a vontade e a alegria de congregar  " .... "me cansei de fofocas, contendas" ...
  
   Um amigo me disse (Rodriguinho): "Quem nunca se sentou para aprender, não pode se levantar para ensinar"...

    E eu digo: "Mais vale alguém que adivinha de que alguém que estuda a "Palavra". Infelizmente isso é verdade, o que chama a atenção é a adivinhação na igreja e não o conhecimento da Bíblia.

   Muitos pensam que conhecer a Bíblia é decorar uns versículos, eu sou péssimo em matemática mas, se me passarem o gabarito de uma prova, eu decoro e tiro DEZ, mas vou continuar sem saber nada sobre tal matéria. Há muito a saber sobre a Bíblia, contexto, história, costumes, culturas, e muito mais...